hoje eu tô meio puta da cara sei lá com o que
na real por muitas coisas e por nada, minha cabeça dói constitutivamente, eu queria ter ficado em casa dormindo e não consegui mais, acordei e não tinha mais jeito, queria namorar um pouco mas não vai dar por um monte de desculpas idiotas...

a única coisa boa é que eu tô estudando pra fazer o trabalho de estrutura e tb pra ir pro síncrotron
mas sei lá
noite passada eu sonhei que eu era casada (sim, ele ficava me dizendo umas cosias tipo "é tua obrigação, vem cá princesa... ARGH) com um gordão muito escroto e que ele queria me cumer a todo custo e eu ficava dando desculpa, até que um dia ele se irritou e quis levar de qualquer jeito, dae eu me tranquei no quarto e o monstro arrombou a porta!?!? ainda bem que eu acordei antes das vias de fato, pq ainda assim acordei com nojo, sei lá, o gordo tinha umas mãos pegajosas e umas unhas grandes nojentas... éca, o que será que isso significa senhor Sigmund Freud???

às vezes eu fico pensando se eu estou certa
antes eu falava tudo que me incomodava, e por isso brigava todo dia.... agora na maioria das vezes eu fico quieta: sei que não é importante, sei que não tenho que me mostrar tanto, sei que os caras não têm que saber sempre como a gente tá se sentindo... mas é estranha a sensação de dormir com o sapo entalado na garganta... mas tb, acho que eu tô certa, não quero me sentir uma imbecil de novo, e pelo menos assim mantenho a pose patética
lembro do poema preferido da mari

Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!